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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Folha de São Paulo 18/01/2011 Ilustrada Monica Bérgamo.

Vejam a matéria que saiu hoje ( 18/01)  na Folha de São Paulo

VIZINHOS DO BARULHO Moradores de nove prédios do entorno do Real Parque (zona sul) estão se mobilizando contra o projeto de urbanização da favela tocado pela prefeitura. Eles temem a expansão do tráfico de drogas e que o local se degrade como o antigo Cingapura, ao lado da Marginal Pinheiros. Reclamam ainda que o terreno onde 340 casas pegaram fogo, em setembro do ano passado, não foi incluído.

ÁREA NOBRE
A Secretaria da Habitação diz que "atua na área antes, durante e após as obras" para evitar a degradação. Afirma que o terreno onde houve o incêndio é caro -está sendo leiloado por R$ 12 milhões. Uma das áreas desapropriadas para o projeto, por R$ 3,1 milhões, era do empresário José Ermírio de Moraes Neto, do grupo Votorantim -onde o secretário da Habitação, Ricardo Pereira Leite, já trabalhou.

4 comentários:

  1. Absurdo esse projeto, o Kassab que acabar com a cidade ?????????????

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  2. Prezada Mônica Bergamo,

    Obrigado por falar do absurdo que está acontecendo no cantinho bem pequeno do Real Parque.

    Acho importantíssimo falarmos das barbaridades que estão acontecendo na região do Real Parque que irá comportar a reurbanização da Favela. Como morador, ressalto que todas as obras que estão sendo realizadas pela Prefeitura de São Paulo para esta região específica não tiveram nenhum planejamento quanto aos impactos de trânsito (ruas estreitas e de difícil acesso), de vizinhança (a região não suporta mais condomínios), de falta de estrutura de saneamento básico, eletricidade e coleta de lixo, de meio ambiente e principalmente de segurança.

    No que tange à segurança, sabemos conversando com diversos trabalhadores do bairro que o tráfico de drogas e assaltos tem aumentado de forma assustadora e a Segurança Pública não toma nenhuma atitude e, ao invés de corrigir, aumenta ainda mais a área de atuação dos traficantes e assaltantes. Com a reurbanização fora do quadrilátero onde existe o atual Cingapura, a Prefeitura apenas trará esta criminalidade para a porta de nossas residências.

    O maior exemplo de abandono e falha no planejamento habitacional é o atual Cingapura (construção degradante e tomada por barracos a cada metro quadrado disponível). A Prefeitura diz que irá cuidar dos novos projetos mas será que vai ? Duvido !!!

    As obras estão em ritmo aceleradíssimo. Porquê estão correndo tanto ? Porquê não foi analisada a compra do terreno junto à Marginal Pinheiros que está em leilão ? Porquê a Prefeitura não divulga os valores pagos nos terrenos desapropriados ao lado dos condomínios do alto do Real Parque ? Tenho certeza que os valores estão muito próximos !! Porquê todos os estudos de impacto não foram discutidos com os moradores vizinhos à obra ?

    É uma sensação de impotência total !! Você sabe que tudo está errado mas ninguém do poder público toma uma atitude !! Absurdo!!

    Beto

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  3. Prezados,
    Sou morador do bairro Real Parque e me indigno ao ler a nota publicada “Vizinhos do Barulho e Área Nobre”, pois se percebe que estamos diante de um caso onde há interesses diversos de nossos governantes.
    Não há sentido construir conjuntos habitacionais tipo Cingapura que servem de quartel general para o trafico e que degradam o entorno (basta olhar para os Cingapuras de nossa cidade), em um terreno de R$ 3,1 milhões.
    Além disto, me soa estranho o fato do Secretário de habitação já ter trabalhado no grupo Votarantim, do empresário José Ermírio de Moraes Neto, ex-proprietário da área.
    Exigimos explicações!

    Atenciosamente,
    HS

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  4. Sou morador do Real Parque e a conduta da Prefeitura no Projeto de reurbanização da favela do bairro é revoltante !
    A afirmação do Secretario de Habitação de que a secretaria "atua na área antes, durante e após as obras para evitar a degradação” é absolutamente mentirosa.
    “Antes” das obras não foi feito nenhum estudo , os moradores do entorno não foram consultados, existe uma área que hoje é um “lixão” aonde a prefeitura pretende construir uma creche sem sequer fazer uma analise de solo para verificar um possível passivo ambiental , o projeto não conta com garagens, nenhum estudo do CET foi feito, as licenças necessárias para uma obra desse porte não foram solicitadas, não foi feito relatório de impacto de vizinhança , resumindo a única atuação da secretaria foi colocar em andamento de frma um tanto apressada um projeto mal feito que não resolve a situação da população carente e ainda por cima compromete todo o bairro. Isso sem falar na estranha desapropriação da área que pertencia ao Sr. José Ermirio de Moraes Neto , no valor por metro quadrado do projeto, do terreno da área incendiada etc

    O “ durante “ também mostra como é a atuação da secretaria da habitação, as ruas estão imundas, tomadas por terra e lama, caminhões fazem manobras e descarregam todas as noites até altas horas da madrugada , funcionarios da obra e motoristas de caminhão aos berros , fazendo um barulho infernal e desrespeitando o direito dos moradores ao descanso .Ambulantes já estão se instalando nas ruas próximas da obra vendendo, café, churrasquinho e lanches diversos. Apesar de inúmeras reclamações dos moradores a prefeitura nunca nem apareceu, é assim que eles cuidam da cidade ?

    Pelo exposto acima pode-se imaginar como será o “ depois”, um outro monstro degradado bem maior que o atual abandonado Singapura , tomado por barracos e pelo tráfico de drogas comprometendo a segurança de todo o bairro. Cabe perguntar ainda : Se a prefeitura nunca se preocupou em cuidar do Cingapura o que seria diferente no novo projeto ? O mandato do atual prefeito termina logo, todos vão embora, um novo partido assume a prefeitura, e nós moradores receberemos como legado um monstro sem controle com o qual teremos que conviver para sempre .
    O Secretário de Habitação nunca se preocupou com o “antes” , não está atuando no “ durante “ e com certeza não irá atuar no “ depois “.
    Luiz

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